Plásticos
Atualizado: 26 de ago. de 2019
Os produtos químicos tóxicos presentes no plástico podem migrar e ficarem diretamente em nossa alimentação, chegando ao corpo e possivelmente provocando sérios danos.

Estudos em animais têm demonstrado que plastificantes usados para amaciar PVC – como o Bisfenol –A ou BPA – mesmo baixas doses favorecem anomalias cromossômicas, desequilíbrios hormonais, altas taxas de abortos espontâneos, diminuição da contagem de esperma em ratos macho, início precoce da puberdade em fêmeas e mudanças teciduais similares ao estágio inicial de câncer de mama.
O BPA além de promover alteração em hormônios femininos e tireoidianos, segundo estudos em animais também causou diabetes, obesidade, endometriose, alterações no comportamento e hiperatividade. São facilmente estocados no tecido adiposo e podem ser transferidos de mãe para filho durante a vida uterina via placenta e durante o aleitamento.
Ainda é controverso sobre em que medida os plásticos podem afetar os seres humanos. A maioria dos estudos com esses resultados são animais. Enquanto o debate ainda está aberto, quanto estamos dispostos a esperar para descobrir se plásticos representam um risco significativo? Os plásticos para evitar são:
Vinil ou PVC. Filme plástico, garrafas plásticas.
Poliestireno. Copos descartáveis de plástico e vasilhas, talheres de plástico mais opaco.
Policarbonato. Garrafas talheres de plástico transparente. Exemplo: galão de água.
Desplastificando sua comida
Os produtos químicos migram mais facilmente para os alimentos quando exposto a altas temperaturas e gordura. Abaixo algumas sugestões que podem ajudar a diminuir o contato:
Evite plástico no micro ondas. Calor acelera a liberação de substâncias químicas em alimentos. Use cerâmica ou vidro. Não existe nenhum plástico "seguro de micro ondas.” Pode ter a alegação livre de BPA, mas a composição continua sendo de ftalatos e outros compostos químicos.
Explorar outras alternativas: vidro, recipientes de cerâmica, sacos de papel marrom ou papel manteiga, especialmente para alimentos gordurosos. É importante também cortar camada externa de alguns alimentos que já compramos envoltos em plástico, como queijos, e depois transferir para um recipiente de vidro.
Em caso de dúvida, jogue fora os plásticos já danificados: descoloridos, rachados ou outros sinais de desgaste. Não reutilize plásticos de produtos comprados, principalmente quando coloridos: potes de sorvete, margarina, maionese.
Limite a sua exposição. Quanto mais a comida ficar em plástico, maior é o seu tempo de exposição a substâncias químicas que possam migrar para ele.
Conclusão:
Tente, gradualmente, substituir os recipientes plásticos por outros de vidro. É claro que nunca teremos contato zero com os plásticos, mas garantir estes cuidados em casa, dá mais liberdade para o que foge do controle como refeições fora de casa.