Mastigação e Digestão
Atualizado: 26 de ago. de 2019
Mastigar bem é mais que fundamental. Você já se deu conta em quanto tempo faz uma refeição grande como o almoço? E os lanches? Repare e coloque metas de tempos mais longos.
Para melhorar o tempo de mastigação, o ideal é repousar os talheres no prato enquanto se mastiga e não apressar a próxima garfada. Lembre-se de que o alimento na boca é submetido a um processo mecânico de transformação em um “bolo alimentar“ e o ideal é que assim chegue ao estômago para que ele consiga fazer um trabalho enzimático sem ficar sobrecarregado.
Além disso, se o alimento chegar ao estômago pouco processado, as enzimas não conseguem digeri-lo corretamente e, assim, os nutrientes não são absorvidos (no intestino) e aproveitados por completo (no organismo), causando deficiências nutricionais e sobrecarga de órgãos. A digestão é um processo linear: boca > estômago > intestino. Problemas com digestão, incômodos no estômago e desordens intestinais podem ser resolvidos com uma boa mastigação. Pois todo o processo deve ser bem feito desde o primeiro passo.
Precisa-se dedicar mais tempo às refeições. É preciso tratá-las com certa cerimônia, tornando-a um ritual para que seu organismo (principalmente cérebro e órgãos gastrointestinais) entenda que aquele é um momento de digestão, absorção e utilização de nutrientes. A saciedade também obedece a um mecanismo que depende do tempo e da qualidade da refeição. Por isso, saboreie os alimentos com calma, mastigando bem e tratando a refeição como uma pausa para o seu organismo se reabastecer.
Vantagens de uma boa mastigação são:
melhora sistema imunológico;
melhora o funcionamento da paratireoide;
promove produção de hormônios intestinais (como GLP-1) que controlam a glicose no sangue;
fator positivo para longevidade;
sacia com quantidades menores;
garante que o processo digestivo começou certo.
Sinais de uma mastigação ruim:
empazinamento;
gases pós refeição e estufamento;
azia;
falta de controle na quantidade ingerida e favorecimento do ganho de peso;
gastrite, refluxo ou intestino preso;
restos alimentares nas fezes;
sonolência pós refeição.
Conclusão: o ideal é realizar as refeições pequenas em pelo menos 15 a 20 minutos. E refeições maiores, 20 a 40 minutos. Criar a atenção de sempre engolir os alimentos já bem mastigados. Aproveitar o momento: sentir o cheiro do alimento, mastigar bem. Assim é impossível errar na quantidade para saciar bem o organismo.
Dúvida comum: pode beber líquidos nas refeições?
A recomendação é não consumir líquidos durante as grandes refeições – almoço e jantar. Deixe para consumir 1 hora antes da refeição e somente 1 hora depois.
Mas caso precise ou sinta necessidade de algum líquido o ideal é que seja água ou chá digestivo.
Estes devem ser ingeridos em pouca quantidade (até 150ml) 30 minutos antes ou depois da refeição. Os chás com efeitos digestivos são: hortelã, menta, gengibre, alecrim, boldo chileno, alcachofra, espinheira santa, manjericão, erva doce e hibisco.
A ingestão de mais de 150ml de líquidos junto as refeições dilui as enzimas digestivas tornando-as menos concentradas e menos eficiente o processo digestivo.
Alguns chás (verde, branco, preto, mate) apresentam altas concentrações de taninos que são capazes de inibir a absorção de outros nutrientes importantes do almoço.
Logo, é recomendado que estes chás sejam consumidos longe das principais refeições, evitando competição e prejuízo na absorção de alguns nutrientes.
E naturalmente não devem aparecer no jantar pela presença da cafeína além dos taninos.
Dica Algumas frutas também ajudam na digestão por que elas possuem naturalmente enzimas com efeito digestivo. São elas: abacaxi (enzima bromelina), mamão (enzima papaína) e figo (enzima ficina). Logo, são boas sugestões para sobremesa. Não exceda a quantidade de 1 pires, 1 rodela, 1 fatia pequena.
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