Alimentos Orgânicos
Atualizado: 26 de ago. de 2019
O alimento orgânico não é somente “sem agrotóxicos” como se imagina.
Ele precisa ser isento de insumos artificiais, como os adubos químicos e os agrotóxicos, e isso dispensa uma infinidade de subprodutos, como nitratos e metais pesados. Ele também deve ser isento de drogas veterinárias, hormônios e antibióticos e de organismos geneticamente modificados. Além disso, durante o processamento desses alimentos, é proibido o uso das radiações ionizantes (que produzem substâncias cancerígenas, como o benzeno e formaldeído) e alguns aditivos químicos sintéticos como corantes, aromatizantes, emulsificantes, entre outros.
Alimentos orgânicos são nutricionalmente melhores pois tendem a produzir de 10 a 50% mais fitoquímicos. que são os vários compostos secundários produzidos pelas plantas para se defenderem de adversidades como - pragas, doenças, adaptações ao meio ambiente ou outras variações. São formas de defesa para planta e riqueza de nutrientes para nosso organismo.
Em 2016, a ANVISA divulgou o Relatório PARA (Programa de Análise de Resíduos em Alimentos) mostrando uma quantidade consideravelmente alta de diferentes tipos de agrotóxicos usados em um mesmo alimento.
Alguns exemplos: foram encontrados 88 tipos de agrotóxico no pimentão, 78 tipos em abobrinha e 72 tipos em uvas. Valores altos, ainda mais considerando que alguns agrotóxicos encontrados não são de uso permitido.
Há diversos trabalhos científicos mostrando os malefícios dos pesticidas, herbicidas e inseticidas. Alguns deles geram desequilíbrio hormonal causando até hipotireoidismo e, por consequência, modificação do metabolismo, o que favorece a obesidade. Podem também gerar alterações no sistema nervoso, deixando a pessoa mais acelerada e com vontade de comer compulsivamente.
Além disso, agrotóxicos podem gerar situações graves como as alterações cardíacas e renais para os que estão em contato direto. Para os consumidores podem causar alteração na produção de energia/cansaço, fadiga, acúmulo de gordura no fígado, desânimo, dores musculares, perda de memória, envelhecimento precoce das estruturas e do funcionamento celular que é extremamente prejudicial. As células que compõem o nosso metabolismo (as mitocôndrias) irão funcionar menos, deixando o alimento delas (a glicose) mais alta no sangue e por consequência colaborando para um diabetes e obesidade. Outro efeito é o aumento do ácido úrico, pois essas mitocôndrias se tornam incapazes de reciclar a energia gasta.
Não é mato, são PANCS (plantas alimentícias não convencionais). Você já ouviu falar?
Algumas hortaliças, frutas, folhas ou ervas crescem espontaneamente na natureza, nas ruas, paredes, calçadas, mas são erroneamente consideradas como simples matos, erva-daninhas ou tiriricas.
O que pouca gente sabe é que elas são ótimas para plantar, pois são bastante resistentes e adaptáveis, fazem parte de várias preparações regionais e possuem alto valor nutricional. Em geral, não fazem parte do cardápio diário da maior parte das pessoas e não costumam ser encontradas em mercados convencionais. Elas não são transgênicas e podem ser encontrados em feiras orgânicas e de agricultura familiar. Exemplo: bertalha, taioba, vinagreira (hibisco), beldroega, ora-pro-nóbis, dente de leão, guabiroba, jatobá, pequi, capuchinha, mostarda-de-folha. Para cada um tipo de PANC, certifique-se com o agricultor/nutricionista sobre a melhor forma de preparo e lembre-se de não exagerar, pois algumas podem ser tóxicas se consumidas em excesso.
Conclusão:
Priorize ao máximo alimentos orgânicos. Busque comprar diretamente dos pequenos produtores da sua região. Assim, estaremos respeitando a vocação agrícola – variedade de acordo com a safra – e ajudando uma cadeia de consumo mais sustentável. Para pequenas hortaliças e temperos crie uma hortinha em casa. Mesmo que você more em apartamento, é possível criar e cuidar de forma simples. Considere incluir alguns tipos de PANCs na alimentação, valorizando a diversidade e baixo custo dessas opções.
POR QUE NÃO COMER EMBUTIDOS?
Todo de alimento embutido – salame, salsicha, presuntos, peito de peru, blanquet - é prejudicial pela alta concentração de sódio e pela carga elevada de elemento químicos, como nitritos e nitratos. Esses elementos são tóxicos para as células betas dos pâncreas, prejudicam a produção do hormônio insulina e esse quadro pode evoluir para um diabetes, além de sobrecarregarem o fígado. Eles também são capazes de alterar a pressão arterial e são considerados fatores de risco para desenvolvimento de câncer em órgãos digestivos (esôfago, estômago e intestino).
Repare a lista de ingredientes de um peito de peru:
Peito de peru, água, sal, açúcares, proteína vegetal de soja, maltodextrina, regulador de acidez lactato de sódio INS 325, estabilizantes: tripolifosfato de sódio INS 545i e polifosfato de sódio INS 452i, espessante carragena INS 407, antioxidante eritorbato de sódio INS 316, realçador de sabor glutamato monossódico INS 621, aromas naturais de: fumaça, pimenta vermelha, pimenta preta, cravo, canela e noz moscada, conservante nitrito de sódio INS 250 e corante natural carmim de cochonilha INS 120.
Não faz sentido um peito de peru ter adição de proteína de soja, açúcar e maltodextrina (um tipo de açúcar). Atenção para os “antes“: estabilizante, espessante, antioxidante, conservante, corante e acidulante (regulador de acidez). Esses são compostos químicos desnecessários ao bom funcionamento do organismo.
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